terça-feira, 11 de agosto de 2015

11 de agosto, o Dia do Advogado



Hoje, perguntei para a minha sócia no escritório o que vendemos. Ela respondeu de pronto “esperança. Meu objetivo era definir nosso público alvo para uma estratégia de marketing, no entanto, isso me fez refletir.
Quando o cliente entra no escritório, ele busca três coisas, solução; vingança e/ou esperança. Em ações de natureza indenizatória, a pessoa diz para o advogado “eu quero justiça”, mas sabemos que, entre as linhas, está a mensagem “eu quero me vingar dessa pessoa que me causou mal”. Ele então paga pela esperança de ver o mal, supostamente injusto, reparado.
A verdade é que nós não podemos vender diretamente vingança ou solução para um determinado problema, pois o julgamento de qualquer demanda não depende apenas da atuação de um advogado, mas de diversos atores em um teatro social com rígidos regulamentos e diversos interesses. Assim, o único produto que realmente podemos oferecer é esperança.
Hoje, dia 11 de agosto, Dia do Advogado, reflito, sozinho à mesa, que múnus público é esse que temos? Que responsabilidade social é essa de promover a justiça? Advogar, do latim ad rogar, que significa “pedir (ou falar) por alguém”, não é vender soluções, promover a justiça nem, tampouco, proporcionar vingança. Advogado é um corretor de esperanças.

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